sexta-feira, 16 de novembro de 2012

HISTÓRIA E LITERATURA: Traição na Literatura



Os escritores, ao longo dos séculos, se amarraram em explorar essa doença humana que é a traição. Ou doença seria fidelidade e monogamia que são claramente contra as características do Homem? Vem comigo!!


IN THE WORLD


“Madame Bovary” de Gustave Flaubert (1857)

A história de Emma Bovary é super comum: a mulher se casa para sair da casa do pai, fica entediada no casamento, entra em depressão e trai o marido para se distrair. Mulher é uma merda, sempre acaba se apaixonando pelo amante, esse é o grande problema do sexo feminino, a meu ver. Ela se apaixona pelos seus dois amantes e quando os casos terminam ela entra em depressão e se enche de dívidas (quem nooonca estourou o cartão para esquecer um amor?)







"Otelo" de William Shakepaere (1603 ca.)

A história aqui é mais complexa do que novela do SBT: os personagens são: Otelo e Desdemona são um casal. Ele um general já na meia idade, ela uma linda e jovem mulher. Iago, um sub-oficial invejoso. Cássio que foi promovido a tenente por Otelo, sendo que Iago nunca se conformou.

Bom, Iago para se vingar arma toda uma rede de intrigas colocando Otelo contra Desdêmona e Cássio, insinuando que eles eram amantes. Otelo, louco de ciúme, mata sua querida esposa asfixiada. Mas a esposa de Iago, Emília, confessa para Otelo que tudo não passara de uma história inventada pelo marido e que Desdêmona nunca tinha sido infiel. Ele (pra variar, senão não seria Shakespeare) se apunhala e seu corpo cai em cima do da mulher.
Tem filminhos, mas eu não vi...


“Lolita” de Vladmir Nabokov (1955)

Eu sempre digo que quem faz filho não é criança mais e acho que as adolescentes não têm nadica de ingênuas e inocentes. Eu não era. Nem as minhas amigas. Lolita, apelido de Dolorez Haze, era meeeega safada e super provocava o padrasto Humbert. O coitado não resistiu (gente, quem resiste a peito durinho e hormônios em ebulição??) e caiu de boca na menina. Lembrando que o livro foi publicado nos anos cinquenta! Ele é bem puxadinho nas descrições, dá onda, hein, galera!! Preparem o cobertor para cobrir possíveis ereções e cuidado para não colar páginas, ok? Deliciem-se!

Também tem o filminho, na verdade mais de um filminho: um de 1962 e um de 1997. Esse eu vi com os meus pais (santa ignorância deles em me levar pro cinema aos 15 anos sem saber o que esperava, né?)


EM PORTUGAL

"O Primo Basílio" de Eça de Queiroz (1878)

Jorge e Luísa são um casal burguês aparentemente vivendo um casamento feliz e pacífico. Até que Jorge viaja a trabalho e Luísa fica em casa sem ter o que fazer. Aí chega da França seu primo Basílio, rico e Don Juan, (os dois tinham “namorado” na infância) logo leva a trair o marido. Até aí nada de mais, não fosse Juliana, empregada da casa, extremamaente invejosa e intriguenta que só espera uma oportunidade de conseguir provas contra os dois amantes. Se ela tivesse um celular com câmera seria fácil, né? Acaba que Jorge, ao voltar da viagem, descobre por si só a traição, por causa de uma carta que Basílio envia a Luísa, mas perdoa a esposa, já adoentada e à beira da morte. No final, o manezão do Basílio nem tinha gostado tanto de Luísa assim e admite para o seu melhor amigo que deveria ter se envolvido com outra mulher.

Foi feito um filme baseado no livro, com o Reinaldo Gianecchini e a Débora Falabella.


NO BRASIL
 
“São Bernardo” de Graciliano Ramos (1934)

Paulo Honório, protagonista do livro, decide, a certa altura da vida, escrever um livro sobre as suas memórias. De guia de cegos na infância passa a latifundiário na idade adulta e admite um certo embrutecimento na constituição do seu próprio caráter ao longo da vida. Uma das causas desse seu “endurecimento” é a paranoia por desconfiar que a mulher o traía. Na verdade ele reconhecia ser um merda e sabia que era inevitável que a mulher o traísse com uma pessoa mais culta e refinada. A coitada acaba se suicidando.








“Dom Casmurro” de Machado de Assis (1899)

Esse livro todo mundo leu no Ensino Médio, é um romance célebre de Machado de Assis e é uma clássica representação do Realismo na Literatura Brasileira. A história aqui é simples. Bentinho e Capitu foram “namoradinhos” de infância. Claro que rolava um amor platônico nada das pegações de hoje em dia... Por uma promessa da mãe ele vai pro seminário onde conhece Escobar, que se torna seu melhor amigo. Depois do seminário e da faculdade de Direito, Bentinho e Capitu se casam. Escobar se casa com uma amiga de Capitu. Capitu engravida, Escobar e a mulher também têm uma filha, mas Escobar morre. Olhando o corpo do defunto amigo e o próprio filho, Bentinho começa a perceber semelhanças. A expressão de viúva de Capitu também contribui para as desconfianças de Bentinho. Se houve traição ou não jamais se saberá com certeza. Mas alguém tem dúvidas?

Quem não lembra da Capitu, personagem da Giovanna Antonelli em alguma novela do Manoel Carlos (acho que Laços de Família), na qual ela era uma prostituta?? 



Fontes


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